[Resenha] E Se Fosse Verdade...

                                                       

Livro: E Se Fosse Verdade...

Título Original:  Et si c’était vrai 

Autor: Marc Levy

Editora: Suma de Letras (Editora Objetiva)

Páginas: 256

Sinopse: E se Fosse Verdade… é uma história repleta de romantismo e bom humor, ingredientes que cativaram Steven Spielberg, fazendo-o adquirir, por US$ 2 milhões, os direitos do livro para o cinema. Marc Levy viu seu romance de estreia se tornar um grande sucesso de bilheteria. A história se passa em São Francisco, em julho de 1996. A jovem e bela Lauren, estudante de medicina, sofre um acidente de carro, entra em coma e vai parar no mesmo hospital onde trabalha. Apesar de seu estado, Lauren consegue, espiritualmente, voltar para o seu antigo apartamento. Lá, encontra Arthur, o arquiteto que é o novo morador do imóvel e a descobre no armário do banheiro ao ir tomar banho. Ele é a única pessoa que consegue vê-la, ouvi-la e senti-la. Inicialmente se recusando a acreditar na história de Lauren, Arthur só fica convencido de toda a verdade quando vai até o hospital e a encontra desacordada. A partir daí, ele vai fazer o impossível para ajudá-la a voltar ao seu estado natural.

Minha Opinião

 Todo leitor sabe que quando decidem fazer um filme baseado em um livro, muitas vezes o resultado não é satisfatório ou no pior dos causos terrível. Isso sempre acontece comigo. Eu leio aquele livro perfeito, que conta um história incrível e fascinante. O livro faz sucesso e Hollywood resolve comprar os direitos e fazer o filme. Eu, como a curiosa que sou, claro preciso ver o tal filme. E para que? Sair da sala do cinema reclamando até da escolha dos atores. Oh vida difícil essa de leitor!

 Somente um vez isso não aconteceu. Ou melhor duas vezes agora. A primeira aconteceu a algum tempo atrás com o filme "Um amor para recordar". Eu assisti o filme antes de ler o livro e depois de ter feito as duas coisas, se vocês me perguntassem eu diria que fico com o filme. Mandy Moore e Shane West interpretanto Jamie e Landon são perfeitos e conseguiram me emocionar de uma tal forma que o livro não chegou nem perto.

 O mesmo agora aconteceu com o livro cujo esta resenha é dedicada. Para quem não sabe "E Se fosse verdade..." em 2005 teve seus direitos comprados Steven Spielberg e estrelado por  Reese Witherspoon e Mark Ruffalo. E se vocês me perguntassem novamente se eu prefiro o livro ou o filme, minha resposta novamente seria o filme.

 E Se Fosse Verdade... conta a história de Lauren e Arthur. Lauren é uma eficiente Residente de medicina no San Francisco Memorial Hospital. Em uma manhã após uma noite de um plantão difícil, Lauren sofre um acidente e entra em coma.

"...Então, no meio da noite, ela deixou o estacionamento do hospital dirigindo o seu Triumph e foi para casa em alta velocidade, já que as ruas estavam desertas. "Estou muito cansada e correndo demais", repetia para si mesma a cada minuto, tentando lutar contra o sono, mas a possibilidade de voltar à emergência do hospital pela ala dos acidentados e não pelos bastidores já bastava para mantê-la acordada."

 Seis meses depois conhecemos Arthur, um arquiteto que por acaso do destino aluga o antigo apartamento de Lauren. Em uma noite Arthur dá de cara com um fantasma de uma mulher em seu armário do banheiro. Em um primeiro instante Arthur tem certeza de que se trata de uma brincadeira de mal gosto de seu amigo e sócio Paul. Porém quanto mais Lauren explicava sua situação mais Arthur começava a compreender e aceitar aquela explicação.

"... – O que vou contar não é fácil de ouvir, pois é meio inverossímil, mas se puder escutar minha história, se puder confiar em mim, talvez acabe acreditando e seria muito importante, pois, mesmo sem saber, é a única pessoa no mundo com quem posso dividir esse segredo."

 Com o passar do tempo Lauren e Arthur acabam por se aproximar e dividir suas vidas, seus segredos e sentimentos. Juntos, ambos fazem muitas bobagens, entram em algumas confusões e vivem um grande amor. Mas será que a situação de Lauren pode acabar atrapalhando essa linda história? E o que fazer para contornar essa situação e resolver o problema? Tudo isso é respondido no decorrer do livro.

O livro em si é bom. A história contada beira a fantasia mas isso não é o maior problema para mim. Na minha opinião o autor quis passar uma tanto uma  mensagem que o enredo fica um pouco cansativo. E além disso o motivo de eu preferir o filme ao livro é a forma como a história é contada e a sintonia entre os personagens. O filme conseguiu me tocar de uma forma diferente e profunda. Coisa que o livro não fez.

A Edição da Suma de Letras é linda, tem páginas amarelas e uma ótima diagramação. A capa nem se fala, é linda demais e foi um motivo a mais para eu comprar o livro. Recomendo a leitura para que todos possam tirar sua próprias conclusões.

"... – Identificar a felicidade quando está perto; ter coragem e determinação para pegá-la com as mãos... e manter. É a inteligência do coração. E o que chamamos inteligência, sem esta, do coração, é apenas lógica. Não chega a ser grandes coisas."